terça-feira, 11 de março de 2008

Resumo de Querigma - do meu amigo Fabrizio Catenassi

Esse resumo é muito bom para auxiliar novos pregadores...



AMOR DO PAI

Objetivo e enfoque: Sentir-se acolhido e amado por Deus. Perceber que o Amor de Deus é diferente de todos os amores que o mundo oferece; que nos completa e é o que nos faz felizes.
Estrutura Básica - Desenvolvimento
Deus é amor
Deus te ama, apaixonadamente
Amor de Pai
Amor eterno
Amor ilimitado, sem medidas
Amor incondicional
Plano de Deus
Passagens sugeridas: Is 49, 14-15; I Jo 4, 8.16; Is 54, 10; Jr 31, 3, Is 43, 1-5; I Cor 13, 4-8; Os 11, 1-9; Tg 4, 5; Dt 4, 24.



PECADO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Objetivo e enfoque: Mostrar o grande motivo pelo qual não conseguimos sentir o amor de Deus e ficamos tão infelizes. O pecado é o grande causador de nossa tristeza e não Deus. O pecado gera a morte. Nenhum homem é capaz de vencer a barreira do pecado com suas forças.
Estrutura Básica - Desenvolvimento
Dificuldade em sentir o amor de Deus
O que é o pecado
O pecado impede o amor de acontecer
O pecado gera a morte
Deus não causa tristeza; o pecado sim.
Não podemos nos livrar sozinhos
Reconhecer-se pecador
Passagens sugeridas: Rm 6, 23; Dt 18, 9-14; Hb 9, 27; At 19, 19; Gl 5, 19-21; Mc 1, 14-15; Gn 1, 2-3; 3, 6-10; Is 59, 1-2; Rm 3, 23; Sb 2, 25; Tg 1, 15




JESUS SALVADOR

Objetivo: Apresentar Jesus como libertador do pecado, fonte única de salvação, última e eterna aliança. Fazer conhecer sua história redentora, acentuar sua paixão e finalizar com especial ênfase em sua ressurreição.
Tópicos:
Deus vem ao encontro do homem
Alianças
Jesus é a última aliança
Jesus já nos salvou
Paixão de Jesus
Ressurreição de Jesus
Frutos da salvação
Passagens sugeridas: Lc 23, 24; Hb 4, 15; II Cor 5, 17; Jr 31, 34; Mc 10, 46-52; Jo 3, 16-17; Jo 16, 33; Rm 7, 14,19; Lc 19, 1-11; At 4, 12; Jo 14, 6; Ef 4, 13.




FÉ E CONVERSÃO / SENHORIO DE JESUS

Objetivo: Inserir-nos no plano de salvação e colocar nossa resposta pessoal diante do sacrifício e ressurreição de Jesus. Mostrar a conversão como gesto natural do coração que foi tocado por Jesus, aceitando-o como Senhor, dono de tudo o que somos e temos.
Tópicos:
A fé: dom de Deus
A conversão: resposta da fé
Compromisso sincero e natural com Jesus
Entrega total: doar-se para o Senhorio
Passagens Sugeridas: Ef 2, 8-10; At 13, 38; Fl 2, 9; Rm 5, 12; At 2, 36; Rm 1, 17; Rm 10, 9-10; Hb 11, 1; Gl 2, 16; Hb 11, 6; Mt 5, 48; Jo 8, 45; Mc 1, 15;




ESPÍRITO SANTO

Objetivo: Apresentar o melhor caminho para assumir uma vida cristã: a promessa do alto, o Espírito deixado por Jesus para nos aproximar de Deus e nos presentar com sua graça.
Tópicos:
Espírito, força de Deus
O Espírito Santo no Antigo Testamento
A promessa do alto
Pentecostes – os apóstolos e nós
Promessa para hoje
Espírito como santificador
A efusão (batismo) do Espírito
Passagens Sugeridas: Jo 16; Ez 36; Jo 1, 12; Rom 8, 14-16; I Jo 3, 1a; Lc 24, 49; At 1, 8; Jo 1, 33; Mt 10, 1; Jo 20, 22; At 2, 1-4; 4, 24b-31.



VIDA EM COMUNIDADE

Objetivo: Falar da necessidade de caminhar com passos firmes em direção à Deus, de começar uma vida de constante conversão. Integrar a pessoa à comunidade.
Tópicos:
Importância da comunidade
Comunidade, fruto do Espírito
Necessidade de perseverar
Como Perseverar
Integrar-se ao grupo de oração.
Passagens Sugeridas: Rm 12, 4-5; At 2, 44ss; Ef 5, 10-11; Ef 4, 22-24;



Fabrizio Zandonadi Catenassi
fabrizio@rccbrasil.org.br

O Perfil do Pregador - Formação de 10/03/2008 - Porto Alegre Zona Norte


Definição de Perfil: “O perfil é o contorno do rosto de alguém visto de lado. É a representação de um objeto que é visto só de um lado. Perfil é o mesmo que silhueta é a descrição de alguém em traços rápidos” (Dicionário Aurélio). Conseguimos identifcar um pregador através de seu perfil, que vem a ser o conjunto de atributos espirituais e humanos que lhe são dados pelo Senhor da messe. Isso significa que a qualidade do pregador é dada a conhecer pelas características que formam o seu perfil.

Nosso modelo de pregador é Jesus Cristo. Seu método é tão eficaz que sua Palavra ainda está viva e ecoa pelo mundo.Aqueles que recebem a mensagem da evangelização precisam ver em nós, pregadores da Boa Nova, os mesmos traços que havia em Jesus. Sem estas características o evangelizador não atrairá as pessoas para o Senhor. Esses traços precisam estar marcados em nossa vida para que todos, ao nos verem, digam alegremente: “O Senhor está com eles!”

Características de Jesus para que nosso perfil se assemelhe ao Dele: Jesus tinha profunda intimidade com Deus, jejuava, era obediente, fiel, afável, cativante, agradável, vivia em comunidade. Vê-se que é de suma importância que o pregador tenha a personalidade moldada por Jesus. É Ele quem nos transforma em arautos. O arauto é alguém que está pronto para proclamar o que o Senhor quer, por obras, palavras, gestos e atitudes, segundo a vontade dEle. Muitos de nós semeamos o Evangelho com os lábios, mas o arrancamos com os gestos, com as atitudes. É que talvez nos falte um perfil de pregador, uma personalidade tecida por Jesus, mediante a ação poderosa do Espírito Santo.
Outrossim, estudando o perfil de alguns pregadores chega-se à conclusão de que a autoridade na pregação, manifestada por uma proclamação vigorosa, acompanhada de conversão e de outros sinais e prodígios, está ligada, em grande parte, senão totalmente, a uma personalidade inteiramente entregue a Jesus Cristo. Isso é bem lógico, posto que o Espírito Santo não faz a glória do homem, mas de Deus.

Exemplo de um bom pregador Paulo: Eis alguns traços do seu perfil: profundo conhecedor das Escrituras, fé inquebrantável, linguagem precisa, anunciava com destemor, acolhia a formação, humilde, aceitava a autoridade dos discípulos, tinha autoridade na pregação, profundo senso de comunidade, excepcional sensibilidade às moções, inspirações e revelações do Espírito Santo, dotado de dons carismáticos acima dos cristãos de sua época (e talvez de todos os tempos) acolheu o dom da fortaleza como poucos.
O pregador é:Pessoa de oração, batizado no Espírito Santo; conduzido pelo Espírito Santo, paciente e perseverante diante das perseguições, pessoa de fé, testemunha da ressurreição de Jesus, chamado por Deus, membro do corpo místico de Cristo (Ama a Igreja com fidelidade e obediência, enquanto instituição sagrada e na pessoa dos ministros ordenados; também nas dimensões doutrinárias e sacramental), inserido na realidade do seu povo, responsável, íntimo de Deus, pessoa das Bem-aventuranças, é humilde, fala a verdade, coração de pobre, aquele que chora, é manso, é justo, misericordioso, tem coração puro, é pacífico, Caluniado e perseguido por causa de Jesus, usa os carismas, tem visão do plano de Deus
FORJANDO NOSSO PERFIL: Igualar-se a Jesus é tarefa sobre-humana. Porém é necessário que busquemos possuir um perfil semelhante ao Dele, para que, através da força do Espírito Santo, possamos dizer como São Paulo:
“Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo” (Fil 3,12).
Esta deve ser a nossa meta: buscar o perfil do verdadeiro pregador do Evangelho. Mesmo que nossa luta dure a vida toda, devemos persegui-la. Ainda que cheguemos ao final da jornada bastante imperfeitos, longe de alcançá-la, devemos perseverar. O próprio São Paulo declarou que não havia chegado à perfeição, mas que empenhava-se em buscá-la. Coragem! Empenhadamente procuremos com objetividade o perfil de verdadeiros pregadores servos de Deus.

Muitos de nós somos barro nas mão do oleiro. Assim Deus Pai, o Santíssimo Oleiro, amolda-nos conforme for a Sua Vontade. Outros já são madeira. Mais duros do que o barro. Mas Jesus Cristo, o Divino Carpinteiro, com arte, amor e paciência, entalha em nós o seu perfil. Outros são ferro. Metal muito duro. Os antigos ferreiros para conseguirem forjar uma ferramenta que fosse útil precisava ter cuidado com o tempero do aço. Na forja levava-se o metal ao fogo. Quando ele se tornava brasa era conduzido com o auxílio de uma tenaz até uma bigorna. Com um martelo também de metal o artesão batia aquele ferro incandescente para transformá-lo em ferramenta. De vez em quando o metia em um balde de água. Isso servia para temperá-lo e para fazer a brasa voltar à sua primitiva dureza com mais rapidez. Era inútil tentar concluir o trabalho de uma só vez. A operação de levar o ferro ao fogo para que se tornasse brasa, em seguida submetê-lo ao martelo sobre a bigorna e à água, era repetida quantas vezes fosse necessário para que a ferramenta fosse bem forjada, isto é, ficasse útil para o trabalho. Ferramenta útil era a que tinha boa têmpera e era adequada para a função à qual se destinava. Hoje a forja é industrial. O ferro é derretido sob altas temperaturas e colocado em formas que dão o perfil certo para cada ferramenta, segundo sua utilidade. O Espírito Santo é o artesão, ou o metalúrgico, que nos forja, segundo a vontade de Deus Pai e a necessidade de Jesus. A diferença é que o ferro não tem vontade própria. Queda inerte nas mãos do ferreiro.


Resumindo, as principais características do Pregador são:
1. PRONTIDÃO PARA ANUNCIAR O EVANGELHO DA PAZ:
2. ACEITA QUE JESUS SEJA A MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS
3. FORMAR OUTROS PREGADORES






Scheila Marina Ferreira Cardoso
Coordenadora do Ministério de Pregação – Arquidiocese de Porto Alegre